quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

barraca de avenida


mais conhecida por marquise.
um atentado ao bom senso, ao bom gosto. uma montra da falta de civismo que vigora nas nossas cidades.
é por lei, proibido fazer quaisquer alterações nas fachadas dos edifícios, sem prévia autorização. as marquises são, antes de mais, clandestinas.
em mais nenhuma outra capital europeia este fenómeno acontece.
é para nós tão normal, tal aberração, que estamos simplesmente habituados.
e por esse motivo a falta de civismo continua, a permissividade das autoridades competentes prossegue, sem que se faça rigorosamente nada pela urbe portuguesa.
são umas estruturas terríveis em alumínio e vidro que encerram as varandas e que desfiguram por completo o edifício.
nem as princípais avenidas de lisboa escapam ao monstro.
a casa é pequena? há muita poluição sonora? é verdade.
mas também é verdade que não vivemos numa cidade cortada a retalhos. e eu tenho direito a que a nossa cidade não seja constantemente desfigurada.
ninguém fala da poluição visual, do antentado arquitectónico?
a minha posição é absolutamente contra as marquises, expressão do grosseirismo, egoísmo e impunidade.
a solução? a solução está nas autarquias e no ministério do ambiente e ordenamento do território, que deviam pôr em prática uma rigorosa política de fiscalização, sem tréguas.
tenho a esperança de viver o sufiente para constatar que um dia a marquise vai ser uma excepção, e não a regra.
juntamente com a marquise, o desastre urbanistico fica ainda mais enriquecido se falarmos dos estendais improvisados e dos motores do ar condicionado, em plena fachada.

1 comentário:

  1. Não chora meu menino! Vai fazer qualquer coisa de útil com a vida útil que te resta e deixa-te de merdices!

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