como ontem já tinha tido oportunidade de dizer que o futuro vai ser muito difícil, não foram para mim uma surpresa, as últimas previsões publicadas pela organização internacional do trabalho. o desemprego só sofrerá quebras a partir 2013.
se estes dados se confirmarem, o cenário é ainda pior do que pensávamos.
é sabido que o crescimento económico nunca é sincronizado com o aumento de emprego, mas o défice tem aqui um peso importante, e que não devemos ignorar. 8,5%.
o governo socialista de sócrates promoveu uma série de "pacotes" de medidas sociais anti-crise e o défice disparou. (estas medidas eram indispensáveis, obviamente).
só que o desemprego gerado nesta conjuntura é de dificil recuperação. é o chamado desemprego de longa-duração. quero com isto dizer que os subsídios vão ter que ser alargados em termos de tempo e em termos de target, porque muitas destas pessoas nem sequer têm acesso aos mesmos.
se juntarmos a este elemento, o tal aumento do desemprego até 2013, mais as grandes obras públicas, não esquecendo o aumento da dívida pública (90% do pib) e os três anos estabelecidos como meta pela UE para o saneamento das contas públicas. temos aqui um grande problema. considero urgente levar até ao fim a reforma da administração pública e dissuadir o aumento de exportações.
cortar nas despesas que "podem", neste momento ser cortadas.
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